Jigoro Kano feliz
28-09-2018
Quase toda delegação japonesa leva medalha no Mundial de judô
Apenas dois dos atletas que disputaram
a competição não conseguiram chegar ao pódio. Equipe feminina inteira sai
medalhada, sendo que só uma não chegou à final e mais da metade foi campeã.
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27 de setembro de 2018
André Rossi
Se as leis aéreas do Azerbaijão cobrarem por peso extra na bagagem, a
federação japonesa terá uma conta salgada para pagar na volta do mundial de
judô encerrado naquele país, em Baku, nesta quinta 27. Nada menos que dezesseis
dos dezoito japoneses que foram à competição individual saem de lá com uma
medalha no peito.
O time feminino inteiro subiu ao pódio, sendo que apenas uma atleta não
chegou à final e cinco, das nove, levaram o título. Entre os homens, metade
chegou à final com dois vencendo.
O domínio maior foi na primeira
metade do campeonato, com os japoneses chegando a todas as finais nas oito
primeiras categorias. Garimparam quatro ouros e cinco pratas, além de um
bronze. Destaque para os pesos leves, onde os irmãos Abe venceram
no masculino e feminino, sendo que entre as mulheres a decisão contou com a
presença da também japonesa Ai Shishime, campeã mundial de judô até então.
Os resultados mais modestos vieram entre os três mais pesados no
masculino, quando “somente” dois bronzes. Entre as mulheres o show continuou
acrescentando mais três ouros na conta.
Ao final do torneio individual, de longe o primeiro lugar no quadro de
medalhas: sete ouros, cinco pratas e quatro bronzes, quatro medalhas a mais que
as 12 do mundial do ano passado, na Hungria (7-4-1). A Coréia do Sul ficou em
segundo, somando dois ouros e um bronze.
Não custa lembrar que entre os até 73
quilos o título ficou com o sul-coreano An Changrim, nascido e
criado no Japão, onde morou até 2014. Na decisão bateu o ex-compatriota Soichi
Hashimoto, um antigo rival nos tempos universitários que chegou ao torneio como
número 1 do ranking atrás do tricampeonato.
A apoteose veio no último dia de lutas, na competição entre equipes,
onde conseguiram o bicampeonato. Venceram todos os quatro confrontos, ganhando
16 lutas e perdendo apenas três. Na final, 4 a 1 sobre a França após um 4 a 0
na semifinal sobre os coreanos, que pela primeira vez na história competiram
sob a mesma bandeira.
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