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Luiz Silveira

     
 

Novas telas

Duas de cabeças de mulheres (não à toa, para as paredes de, como se dizia antigamente, um “instituto de beleza”). As mãos são da Blanca Maria (bonitas, como se pode perceber, mas não chegam aos pés dos pés!).

 

 

Tropa
Tropa – Acrílica sobre tela, 1,10x85cm. (Fora luz!)

 

Faz de conta que é Jesus, Calvário
Faz de conta que é Jesus, Calvário – Acrílica sobre tela, 1,10x85cm.
(Efeitos de Photoshop contra a luz teimosa.)

Rupestre roxa
Rupestre roxa – Acrílica sobre tela, 1,10x85cm.
(Efeitos, idem...)

 


   
  Frei Damião
Frei Damião – Acrílica sobre tela, 55x85cm.
(Efeitos, idem...)

Matisse
Matisse – Acrílica sobre tela, 55x85cm.
(Efeitos, idem...)

 

   
 

A mostra de pinturas

         Trinta e poucas telas, em pintura acrílica. A primeira exposição individual de um autodenominado “decorador de paredes”, pois, diferentemente do Jatobá, que tem aquele maravilhoso labrador, guia-se apenas pela intuição.
         De fato. A diversidade estilística é patente, ora lembrando (de longe) alguns impressionistas, ora enveredando pela arte vitral medieva, incunabular (se não pecamos), sem abdicar dos borrões próprios dos hiper-modernos (pintores rupestres!), cujo resultado a gente costuma ver nos monumentos das cidades maiores, e dos gracejos que um dia, em outro contexto, Affonso Romano chamou de “vazio interessante”.
        O surpreendente é que o colorido ora chama atenção, ora distrai, permitindo-nos afirmar que os quadros tanto cabem em quartos de UTI quanto nos mais sórdidos cafofos. Assim, há para todos os gostos. A confirmar-se a intenção do autor, de cobrar pouco pelo que pouco vale (e parcelado), teremos um recorde de vendas – até porque alguns já foram vendidos no útero (quarto que o decorador toma emprestado da casa da mãe para fazer suas sujeiras).
          A mostra chama-se Pinturas Sacro-Lúdicas, e é bem isso, José Carlos Queiroga, o autor, ainda não decidiu qual vereda trilhar (e já anda entrado em anos, hein?!). De qualquer forma, se há ludismo, a coisa tá mais pra preta: Jesus nunca riu.

 

   
 
Repercussão na Mídia Local
 

 

A mostra de pinturas

          Decorando as paredes do MAARA, a primeira individual de José Carlos Queiroga, que fica por lá até o fim de novembro. O autor declarou à reportagem que precisa vender tudo, pois quer comprar uma kombi.
          Os trabalhos não são nenhuma brastemp, até porque aquilo é um abuso de cores quentes. Angélica Pessoa, pedagoga, analisa que, por outro lado, “a obsessão do decorador com relação a Deus e a tudo o que é mais sagrado salta aos olhos. Se vocês notarem bem, aquelas egípcias de verde têm os olhos saindo das órbitas, além de desproporcionais. Se alguém me olhasse assim, eu saía disparando.”
          Tem razão a professora. A mostra, não por acaso, chama-se Pinturas Sacro-Lúdicas. Queiroga, sem discordar da ex-aluna, que adora, solicita que os eventuais visitantes olhem também para as telas obscenas, especialmente as sado-masoquistas e as – suas preferidas! – que amontoam borrão com borrão: “Nem que seja com a mão tapando o rosto, pela fresta dos dedos. Minha mãe (Fani Queiroga, artista plástica) descobriu indizíveis belezas no que o filho faz”.
          O autor deixa um candente apelo: “Comprem os quadros, que estão loucos de baratos. A kombi também é barata (o autor quer porque quer uma kombi velha), então, barato com barato...” Só até o dia 30. (Jornal Diário de Alegrete, outubro 2005.)

José Carlos Fernández Queiroga © 2004 - www.lapandorga.com.br
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